quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Definição de Renascimento

O Renascimento foi um período da História Europeia compreendido entre os séculos XV e XVI (Final da Idade Média, inicio da Idade Moderna). É uma fase caracterizada pela mudança  em termos culturais, econômicos,  sócias, políticos, religiosos, filosóficos e científicos.
A Renascença, foi também um período em que a Europa renasceu da crise do século XIV. Há um aumento significativo da população, ou seja, há um renascimento populacional. Aumenta também a produção, o conhecimento com as descobertas e o conhecimento da cultura grega e latina, ou seja, há um renascimento econômico e intelectual.
Desenvolveu-se nas cidades (ou seja, em meios urbanos, como por exemplo Florença, na Itália que foi a cidade em que o Renascimento teve maior expressão).
Chamou-se ''Renascimento'' em virtude da redescoberta e revalorização das referencias culturais da antiguidade clássica. Passa-se a dar valor ao Homem e a Natureza (ideal humanista, antropocentrista e naturalista).

Antropocentrismo

Se opondo a ideia do teocentrismo (que defendia que Deus deve ser o centro do pensamento e das ações do homem), nasceu o antropocentrismo, uma ideia onde se defende que o homem deve estar no centro das ações, da cultura, da história e da filosofia – o homem como o centro dos cosmos.  O antropocentrismo foi a principal ideia do humanismo renascentista, que visava uma nova época, se afastando cada vez mais da Idade Média.
Os renascentistas defensores do antropocentrismo “pregavam” a razão, o homem e a matéria. Queriam também ver o prazer desvencilhar-se do rótulo de “pecado”, rompendo paradigmas característicos da era anterior. O antropocentrismo veio, enfim, romper com os costumes da Idade Média e seu teocentrismo conservador.
Neste período surge um homem questionador, crítico, que externa seu pensamento, que problematiza a realidade. É a mudança de uma mentalidade baseada no Teocentrismo (tipicamente medieval) e a substituição dessa pelo Antropocentrismo, com o homem no centro do Universo a partir da qual esse homem se coloca como um ser racional, valorizando questões ligadas à matéria. É o retrato do homem Renascentista, que acredita tudo ser explicado através da razão e da ciência, em oposição à idéia medieval.
Esta mudança de mentalidade estimula a pesquisa científica que faz com que as ciências, a arte e a literatura fiquem em constante evolução.


É a chegada de um novo tempo, um tempo que valoriza a razão, o homem, a matéria, um tempo em que, ter prazer em viver não mais é reconhecido universalmente como pecado.

Renascimento Cultural

Durante os séculos XV e XVI intensificou-se, na Europa, a produção artística e científica. Esse período ficou conhecido como Renascimento ou Renascença.
       As conquistas marítimas e o contato mercantil com a Ásia ampliaram o comércio e a diversificação dos produtos de consumo na Europa a partir do século XV. Com o aumento do comércio, principalmente com o Oriente, muitos comerciantes europeus fizeram riquezas e acumularam fortunas. Com isso, eles dispunham de condições financeiras para investir na produção artística de escultores, pintores, músicos, arquitetos, escritores, etc.
Os  governantes europeus e o clero passaram a dar proteção e ajuda financeira aos artistas e intelectuais da época. Essa ajuda, conhecida como mecenato, tinha por objetivo fazer com que esses mecenas (governantes e burgueses) se tornassem mais populares entre as populações das regiões onde atuavam. Neste período, era muito comum as famílias nobres encomendarem  pinturas (retratos) e esculturas junto aos artistas.
       Foi na Península Itálica que o comércio mais se desenvolveu neste período, dando origem a uma grande quantidade de locais de produção artística. Cidades como, por exemplo, Veneza, Florença eGênova tiveram um expressivo movimento artístico e intelectual. Por este motivo, a Itália passou a ser conhecida como o berço do Renascimento.

- Valorização da cultura greco-romana. Para os artistas da época renascentista, os gregos eromanos possuíam uma visão completa e humana da natureza, ao contrário dos homens medievais;
- As qualidades mais valorizadas no ser humano passaram a ser a inteligência, o conhecimento e o dom artístico;
- Enquanto na Idade Média a vida do homem devia estar centrada em Deus (teocentrismo), nos séculos XV e XVI o homem passa a ser o principal personagem (antropocentrismo);

- A razão e a natureza passam a ser valorizadas com grande intensidade. O homem renascentista, principalmente os cientistas, passam a utilizar métodos experimentais e de observação da natureza e universo. 
Durante os séculos XIV e XV, as cidades italianas como, por exemplo, Gênova, Veneza e Florença, passaram a acumular grandes riquezas provenientes do comércio. Estes ricos comerciantes, conhecidos como mecenas,  começaram a investir nas artes, aumentando assim o desenvolvimento artístico e cultural. Por isso, a Itália é conhecida como o berço do Renascentismo.  Porém, este movimento cultural não se limitou à Península Itálica. Espalhou-se para outros países europeus como, por exemplo, Inglaterra, Espanha, Portugal, França, Polônia e Países Baixos.  

Educação no Renascimento

    A educação renascentista visava o homem burguês, o clero e a nobreza. Era elitista, aristocrata e nutria o individualismo liberal, não chegando às massas populares. Junto com a revalorização da cultura greco-romana, alguns fatos históricos nos séculos XIV e XV, influenciaram o pensamento pedagógico, favorecendo a superação do próprio homem, o pioneirismo e a aventura. Durante o Renascimento despontam três grandes áreas de interesse: a vida real do passado, o mundo subjetivo das emoções e o mundo da natureza física. Como uma das principais consequências destes novos interesses, desloca-se o centro de gravitação, afastando-se das coisas divinas, dirige-se para o próprio homem. Opõe-se à escolástica, propondo situar o ideal da nova vida nos propósitos e atividades específicas das disciplinas de humanidades. Como a literatura dos gregos e romanos era um meio para esta compreensão, o aprendizado da língua e da literatura torna-se o problema pedagógico mais importante. Muito embora ainda elitista e aristocrático, o humanismo antropocêntrico renascentista, ao dirigir-se ao indivíduo permite entrever uma maior participação do aprendiz na aprendizagem. De certa maneira retoma uma agenda interrompida durante o período medieval. Concretamente, isto não se implementa de forma abrangente.
 

Humanismo

 Humanismo, no sentido amplo, significa valorizar o ser humano e a condição humana acima de tudo. Está relacionado com generosidade, compaixão e preocupação em valorizar os atributos e realizações humanas. Ele pode ser definido como um conjunto de ideais e princípios que valorizam as ações humanas e valores morais (respeito, justiça, honra, amor, liberdade, solidariedade, etc.).
      O humanismo foi um movimento intelectual iniciado na Itália no século XIV com o Renascimento e difundido pela Europa, rompendo com a forte influência da Igreja e do pensamento religioso da Idade Média. O teocentrismo (Deus como centro de tudo) cede lugar ao antropocentrismo, passando o homem a ser o centro de interesse. O humanismo procura o melhor nos seres humanos e para os seres humanos sem se servir da religião.
      A filosofia humanista oferecia novas formas de reflexão sobre as artes, as ciências e a política, revolucionando o campo cultural e marcando a transição entre a Idade Média e a Idade Moderna.
      Através das suas obras, os intelectuais e artistas passaram a explorar temas que tivessem relação com a figura humana, inspirados pelos clássicos da Antiguidade greco-romana como modelos de verdade, beleza e perfeição. Alguns autores humanistas mais conhecidos são: Gianozzo Manetti, Marsílio Ficino, Erasmo de Roterdão, Guilherme de Ockham, Carlos Bernardo González Pecotche, Francesco Petrarca, François Rabelais, Pico de La Mirandola, Thomas Morus, Andrea Alciati, Auguste Comte.
      Nas artes plásticas e na medicina, o humanismo esteve representado em obras e estudos sobre anatomia e funcionamento do corpo humano.
      Nas ciências, houve grandes descobertas em vários ramos do saber como a física, matemática, engenharia, medicina, etc., que contribuíram para um levantamento concreto da história da humanidade.



quarta-feira, 13 de agosto de 2014

O cordel nordestino e a literatura Medieval

    As obras produzidas no período Medieval era através da oralidade, a poesia era antes de tudo um instrumento de apoio á arte de menestréis e trovadores. A literatura medieval era permeada pela oralidade.

   O cordel nordestino está ligada com o período medieval, o nome ''cordel'' derivou do fato de tais folhetos serem expostos para as vendas, pendurados em cordões.
       
    O aparecimento da literatura de cordel está ligado á divulgação de histórias tradicionais, narrativas de velhas épocas, que a memória popular foi conservando e transmitindo. Nesse tempo não existia televisão para divertir o povo. Era muito difícil se ver livros, pois eram raríssimos e caros. Tinham de ser escritos um a um, a mão, e poucas pessoas sabiam ler.
     O processo era feito oralmente, depois se faziam cópias manuscritas. 
     O conteúdo do cordel, que abrangia os chamados romances ou novelas  de cavalaria, de amor de narrativas de guerra ou conquistas marítimas , agradava a todos, até aos ricos e sábios.


A literatura medieval

     Uma das principais características da literatura na Idade Média é a importância dada aos temas religiosos. Os textos e livros eram escritos principalmente por monges e integrantes do alto clero (bispos, arcebispos, papa). Como a maioria da população não sabia ler na Idade Média, esta literatura ficava restrita aos integrantes do clero e membros da nobreza.

           Principais características da Literatura Medieval:
- Abordagem de temas religiosos: vida de santos, alma humana, moral cristã, existência de Deus, passagens da Bíblia Sagrada, interpretações religiosas de aspectos cotidianos, etc.
- Influência da filosofia grega, principalmente dos filósofos Aristóteles e Platão. 
- Textos escritos em latim.
- Livros feitos à mão e copiados (reproduzidos) pelos monges copistas. 
- Usavam o pergaminho para escrever os textos.
- Os livros eram ilustrados com iluminuras (desenhos feitos nas margens).
- A partir do século XII começam ser escritos textos relatando feitos heroicos, guerras e batalhas, Cruzadas e a vida dos cavaleiros medievais. Neste contexto, destaca-se o Ciclo Literário Arturiano, que se refere ao Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda.

                               Trovadorismo
O trovadorismo foi a primeira manifestação literária da língua portuguesa. Surgiu no século XII e destacou-se pelas cantigas de amor, de escárnio, de maldizer e de amigo. Os mais importantes trovadores deste período foram: Paio Soares de Taveirós, Dom Dinis e Dom Duarte. 
                         

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Império Bizantino

    
    No século IV o Império Romano dava sinais claros da queda de seu poder no ocidente, principalmente em função da invasão dos bárbaros (povos germânicos) através de suas fronteiras. Diante disso, o Imperador Constantino transferiu a capital do Império Romano para a cidade oriental de Bizâncio, que passou a ser chamada de Constantinopla. Esta mudança, ao mesmo tempo em que significava a queda do poder no ocidente, tinha o seu lado positivo, pois a localização de Constantinopla, entre o mar Negro e o mar Mármara, facilitava muito o comércio na região, fato que favoreceu enormemente a restauração da cidade, transformando-a em uma Nova Roma.

  A religião
    A religião foi fundamental para a manutenção do Império Bizantino, pois as doutrinas dirigidas a esta sociedade eram as mesmas da sociedade romana. O cristianismo ocupava um lugar de destaque na vida dos bizantinos e podia ser observado, inclusive, nas mais diferentes manifestações artísticas. As catedrais e os mosaicos bizantino estão entre as obras de arte e arquitetura mais belos do mundo. 
    Os monges, além de ganhar muito dinheiro com a venda de ícones, também tinham forte poder de manipulação sobre sociedade. Entretanto, incomodado com este poder, o governo proibiu a veneração de imagens, a não ser a de Jesus Cristo, e decretou pena de morte a todos aqueles que as adorassem. Esta guerra contra as imagens ficou conhecida como A Questão Iconoclast.
                                 A sociedade bizantina 
    A sociedade bizantina era totalmente hierarquizada. No topo da sociedade encontrava-se o imperador e sua família. Logo abaixo vinha a nobreza formada pelos assessores do rei. Abaixo destes estava o alto clero. A elite era composta por ricos fazendeiros, comerciantes e donos de oficinas artesanais. Uma camada média da sociedade era formada por pequenos agricultores, trabalhadores das oficinas de artesanato e pelo baixo claro. Grande parte da população era formada por pobres camponeses que trabalhavam muito, ganhavam pouco e pagavam altas taxas de impostos.
                                         
                                         Atualmente 
    Atualmente, Constantinopla é conhecida como Istambul e pertence à Turquia. Apesar de um passado turbulento, seu centro histórico encanta e impressiona muitos turistas devido à riquíssima variedade cultural que lá mostra dos diferentes povos e culturas que por lá passaram

quinta-feira, 8 de maio de 2014

As cruzadas

                      

    As cruzadas foram tropas ocidentais enviadas à Palestina para recuperarem a liberdade de acesso dos cristãos à Jerusalém. A guerra pela Terra Santa, que durou do século XI ao XIV, foi iniciada logo após o domínio dos turcos seljúcidas sobre esta região considerada sagrada para os cristãos. Após domínio da região, os turcos passaram impedir ferozmente a peregrinação dos europeus, através da captura e do assassinato de muitos peregrinos que visitavam o local unicamente pela fé.

                               Consequências:
     Elas proporcionaram também o renascimento do comércio na Europa. Muitos cavaleiros, ao retornarem do Oriente, saqueavam cidades e montavam pequenas feiras nas rotas comerciais. Houve, portanto, um importante reaquecimento da economia no Ocidente. Estes guerreiros inseriram também novos conhecimentos, originários do Oriente, na Europa, através da influente sabedoria dos sarracenos.

     Não podemos deixar de lembrar que as Cruzadas aumentaram as tensões e hostilidades entre cristãos e muçulmanos na Idade Média. Mesmo após o fim das Cruzadas, este clima tenso entre os integrantes destas duas religiões continuou. 

     Já no aspecto cultural, as Cruzadas favoreceram o desenvolvimento de um tipo de literatura voltado para as guerras e grandes feitos heróicos. Muitos contos de cavalaria tiveram como tema principal estes conflitos.

Curiosidade:

- A expressão "Cruzada" não era conhecida nem mesmo foi usada durante o período dos conflitos. Na Europa, eram usados termos como, por exemplo "Guerra Santa" e Peregrinação para fazerem referência ao movimento de tentativa de tomar a "terra santa" dos muçulmanos.

 

 

A Escravidão no pensamento de Aristoteles

    
   Segundo Aristóteles: “A utilidade do escravo é semelhante a do animal”
Ambos prestam serviços corporais para atender as necessidades da vida. A natureza faz o corpo do escravo e do homem livre de forma diferente. O escravo tem corpo forte adaptado naturalmente ao trabalho servil. Já o homem livre tem corpo ereto, inadequado ao trabalho braçal, porém apto para vida do cidadão.
   Os homens livres, ou seja, os cidadãos devem ter uma vida de trabalho trivial ou de negócios, pois é indispensável terem tempo para a reflexão e assim desenvolver as qualidades morais e a pratica das atividades políticas.

   Os escravos faziam serviços mais pesados porque eram adaptados por natureza e não precisavam gastar o seu tempo com o lazer ócio (pensamentos e reflexões) e sim com o trabalho braçal.


(Escravidão)


                                                    (Trabalho ócio)

As mulheres na Historia


                  
    Conhecer como viviam e pensavam as mulheres no mundo greco-romano não é tarefa fácil para historiador do tema, pois há ausência de fontes históricas disponíveis sobre como elas e outros grupos sociais excluídos viviam em seu cotidiano. Já vimos as diferentes formas de trabalho escravo na Antiguidade greco-romano, sendo que os escravos, tal como as mulheres e estrangeiros não eram considerado cidadãos, pois eram vistos pela cultura dominante da época como seres inferiores, não dotados de razão, e, portanto, não responsáveis pelos seus atos, assim como uma criança. As mulheres, independente de origem e condição social, não tinham o direito ao voto nas assembleias gregas e romanas que dirigiam politicamente a sociedade. Entretanto, isso não quer dizer que não influenciavam seus maridos, não discutiam a administração da polis e não opinavam de alguma forma sobre a direção dos assuntos públicos ,mas certamente seus direitos políticos e culturais eram bastante limitados devido a tradição e a religiosidade. 
    A muitas mulheres não era dado o direito a educação, isso era um privilégio das mulheres que pertenciam as classes mais elevadas. Entretanto, o fato das mulheres terem poucos direitos, não significava que elas eram completamente submissas aos homens. Elas não tinham, por exemplo, o direito de escolher seus maridos, mas resistiam às subordinações masculinas.Contudo, apesar de alguns avanços, a luta das mulheres por direitos iguais aos dos homens continua na atualidade. No mercado de trabalho ainda há mulheres que exercem as mesmas funções executadas por homens, porém com menor remuneração. Muitas mulheres trabalhadoras fazem dupla jornada de trabalho: na empresa e depois em casa. No Brasil, sua participação como parlamentar e como cargos executivos e do judiciário ainda e pequena em todas as camadas sociais.